Em meio a um cenário de inadimplência crescente no Brasil, empresas listadas na B3 também têm recorrido à recuperação judicial como alternativa para reestruturar dívidas e evitar a falência. Embora o problema atinja majoritariamente micro e pequenos negócios, companhias abertas mostram que a crise também impacta os gigantes do mercado.
Somente na semana passada, dois novos desdobramentos voltaram a colocar o tema em evidência. Na segunda-feira (7), a Oi (OIBR3) entrou com pedido para encerrar seu processo de Chapter 15 nos Estados Unidos e migrar para o Chapter 11, modalidade semelhante à recuperação judicial brasileira. Dias depois, na quinta-feira (10), a Azul (AZUL4) obteve aprovação final para as suas petições também nos EUA, garantindo continuidade ao plano de reestruturação financeira aprovado por lá.
Por outro lado, a Gol (GOLL54) concluiu em junho sua recuperação judicial no exterior com um plano de capitalização de R$ 12 bilhões. Porém, o que chamou a atenção do mercado foi a emissão de papéis, na ordem dos trilhões, negociados em lotes de mil e que geraram confusão entre os investidores — e até um valor de mercado temporariamente distorcido.